A principal fonte
de riquesas de Pathros é o cultivo de pérolas, e que movimenta direta e indiretamente
quase todo o arquipélago pathrano.
Esta cultura existia já desde os tempos
antigos da história pathrana, e que foi impulsionada e incentivada com a chegada família
do patriarca Carlos I.
Há uma parte de águas calmas,
razoavelmente razas e de temperatura entre 20ºC e 30ºC na Ilha das Pérolas que propicia
esta cultura. Conheça um pouco sobre como funciona esta cultura não somente em Pathros,
mas também no mundo todo.
Suas Orígens
A origem da palavra pérola vem do latim e seu significado talvez venha de um
molusco "perna" ou devido a sua forma esférica "sphaerula". As
pérolas são produzidas por moluscos e seu tamanho varia do de uma cabeça de alfinete e
o de um ovo de pomba. A maior pérola encontrada pesa 450 quilates. A pérola se origina
de uma reação do molusco a corpos estranhos que penetram no seu interior. As pérolas
cultivadas não são uma imitação, mas sim uma forma do homem colaborar para sua
formação natural. A produção das pérolas cultivadas é causada pela introdução de
corpos estranhos nos moluscos.
De acordo com estudiosos, há cerca de 600 anos as pérolas fazem parte do mundo das gemas
preciosas e somente os membros da realeza é que possuíam tal jóia, representando uma
espécie de barômetro de prestígio e poder. Segundo o mesmo autor, há vários relatos
sobre a ocorrência das pérolas como: os brâmanes do Rio Indo mencionaram as pérolas no
clássico livro religioso "Rig - Veda", 3.300 a. C.; documentos chineses de
2.200 a. C. também mencionam que as pérolas foram utilizadas como ornamento pessoal; no
Iraque foi encontrado um colar de pérolas que pertencera à Rainha Achaemenid, que viveu
há cerca de 2.300 a.C., estando hoje depositado no Museu do Cairo; na Pérsia era a
pátria das mais famosas pérolas naturais, e o Ceilão, uma famosa fonte dessas gemas.
"O oceano é meu campo e o barco é
meu trator", este é o lema dos criadores das pérolas negras
taitianos, que compram um espaço numa das inúmeras ilhas de lá, e instalam "a sede
da fazenda". A autorização do governo custa uma taxa anual de US$ 100.00 por
hectare de mar, cuja água tem a temperatura ideal - entre 28 e 31ºC - para o cultivo das
pérolas.
E tudo começa com a cultura das ostras de bordas negras, as Pintadas Margaritíferas,
espécie frágil que exige muitos cuidados. Instaladas nos corais das piscinas naturais da
Polinésia, liberam em certos períodos do ano, seus produtos sexuais que são fecundados
em plena água.
Após um mês, as jovens ostras se fixam nos corais ou morrem enterradas na areia. São,
então, captadas em redes e observadas por mais de três anos, sempre recebendo cuidados e
limpezas sucessivas. Já adultas, serão inseminadas, e reproduzirão o processo natural
de formação da pérola. A gestação dura, em média, dois anos.
Quando o "greffeur" (inseminador) retira a pérola, ele analisa se a ostra
poderá produzir outra. Se puder, já que a bolsa receptiva dilata-se a cada gestação,
é grande a chance de que a próxima seja maior e, então ele coloca um núcleo maior. Uma
ostra boa volta ao mar mais duas vezes. Excepcionalmente, pode ir uma terceira vez e, aí,
pode-se obter uma pérola de 18 mm, raríssima.
No processo de produção, as ostras
quando são enxertadas com um corpo estranho que são esferas produzidas por moluscos, e
então elas costumam secretar a substância que dá cor a pérola negra, mas nem sempre
isso acontece: de cada cem ostras, só 35 geram pedras anacaradas, e apenas 3 delas
adquirem a cor, o brilho e o formato que as torna comercializáveis por valores que variam
de US$ 50 a US$ 5,000.00 a unidade.
As ostras enxertadas ou operadas com o corpos estranhos são colocadas nos sistemas de
cultivo especialmente designada para esta proposta, isto é, podendo ser em gaiolas onde
cabem aproximadamente 50 a 60 ostras. Elas ficam em observação por um período de 4 a 6
semanas até se recuperarem, quando as ostras mortas são retiradas. Este sistema fica
suspenso por bóias. As estruturas com as ostras podem ser observadas diariamente e
realizadas a limpeza quando necessário.
O
Trabalho em Detalhe - Os donos das fazendas de cultivo
de pérolas, adquirem as ostras já em seu tamanho ideal. Depois de limpas, com uma cunha,
abrem suas conchas de dois a três centímetros.
Um especialista perfura, com um estilete, o
órgão sexual da ostra que recebe do greffeur um núcleo esférico, feito com conchas do
Mississipi e um elemento irritante - um minúsculo quadradinho da parte interna de uma
Pintada Margaritífera. E quanto mais claro e colorido ele for, mais bela será a cor da
futura pérola.
A ostra num ato de auto-defesa, vai envolvendo os elementos estranhos com seu nácar,
criando uma pérola, cujos tons vão do cinza grafite ao cinza prata e podem ter nuances
de verde, de rosa, de amarelo, em inúmeras intensidades. Sua beleza dependerá de seu
tamanho, formato, cor e brilho.
Tipos de Pérolas mais Comuns
Pérola Akoya - Akoya é a
clássica pérola japonesa cultivada, que recebe o nome
da ostra que a produz ( Akoya gai ). São propriamente estas as conchas usadas
para os primeiros experimentos de cultivo de pérolas mais brilhantes e mais belas do
mundo. Pérolas similares, mas não do mesmo nível de qualidade, são produzidas hoje
também na China e Coréia. |
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Pérola South Seas -
A pérola South Seas é um dos tipos mais cobiçados pelas mulheres, pois são maiores e
mais valiosas que as demais. Cultivadas na Austrália, Indonésia e Filipinas, geralmente
elas têm acima de 8mm. |
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Pérola Barroca -
São chamadas Pérolas Barrocas todas aquelas de
formato irregular. Essa forma diferenciada é fruto do mecanismo de
defesa da pérola, que expele vários gases que decompõem o seu núcleo, deixando-o oco e
irregular. Para que a pérola barroca possa ser transformada em jóia, suas cavidades são
preenchidas com um cemento especial, capaz de garantir uma maior resistência da gema. |
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Pérola Blister -
Durante o processo de formação da pérola, eventualmente certos movimentos podem expelir
a gema depois que ela já está praticamente formada. Algumas podem cair fora da concha e
se perderem para sempre, já outras, até mesmo pelo peso, acabam deslizando para baixo do
manto. Quando isso acontece, e a gema é gradualmente recoberta por camadas de
madrepérola, forma-se a pérola blister. |
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Mabes ou pérolas
cultivadas compostas - A produção de mabe, terminologia japonesa, é baseada no
princípio de formação da blister. Mabe é uma pérola blister cultivada sólida. A
primeira operação consiste da separação do manto da ostra, para depois fixar um
núcleo com formato especial (semi-esférico, coração, gota, oval e outros) na concha.
Este tipo de operação termina em poucos minutos,
durante o qual cada ostra pode receber até seis
núcleos, três em cada valva. Depois a ostra é recolocada nos cestos e novamente imersa
no mar, onde o manto, gradualmente, recupera sua posição para secretar material
perlífero nestes corpos estranhos. Após um ano, quando a principal colheita termina, a
segunda parte do processo de composição da mabe inicia-se de novo. |
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Pérolas de Água Doce -
As melhores pérolas de água doce são cultivadas no Japão, no Lago de Biwa, e em grande
escala na China. Apenas uma ostra pode receber até 10 núcleos de uma só vez, porém o
núcleo neste caso é um fragmento do tecido epitelial de uma ostra sadia. |
Estranhas afirmações
>> O homem que
aperfeiçoou a técnica de cultivo de pérolas, Kokichi Mikimoto, confessou, aos 94 anos,
que devia seu excelente estado físico e mental às duas pérolas que tomava com água,
todas as manhãs, desde os 20 anos de idade.
>> Chamam a pérola
de "a gema dos amantes". Dizem que foi usada em "poções" do amor por
séculos, e se usada enquanto estiver dormindo, terá sonhos de romances verdadeiros. |